protagonista

fecho o corpo, assim me completo
entre dedos, póros,
sorrisos, disputas, grama...

volto da lida...
subida, sumida sem nexo...
sobe para fora,
esquece o lado,
o de cima.

rosa sem pétalas,
o ramo com pedra
sem furar, resiste.
sem caminho, com volta...

resiste, o pássaro, o olho,
volta cega, meiga sem fim.
acorde!
o fundo da terra..
o grão do pó.

não mudo,
perna, braço, nem osso.
quebro o desgosto,
faço pedaços, cacos...
piso, amasso, misturo faço molde.

moldo do meu jeito,
construo tijolos, dou forma...
faço castelos,
invento príncipe, princesa até bruxa!

o mundo pode criar
falsos inventos
mas a protagonista sou eu...

chute de vida

sou protagonista
do chute, do gol,
da torcida.

do pé na grama molhada,
de vida de desejos,
dos dedos, das unhas,
da força do impulso...

venço a luta,
acabo com as cartas, faço pontos,
escrevo contos de vida,
coração pulsa nos dedos, nas unhas...

solto o grito da garganta,
mostro os dentes,
escancaro o sorriso,
faço gol da vida...

amarras sem porto

meus registros são histórias,
pegadas. É luz!
são extremos da emoção,
pétalas distribuídas.

nada tenho a não ser a eu mesma,
meu trajeto às vezes é sem roteiro,
sem bússola...
viajo e persigo portos, diques,
ora flutuo, ora caminho...

sou buscadora de olhos, pernas, braços, músculos,
vejo lágrimas, coração que pulsa.
quero sintonia, encontro, afeto, carinho...
braços que enrosquem o coração que se entrega.

não quero mais o vazio,
quero pernas que me levem,
para dentro, para o fundo na alegria,
onde o calor aqueça o sonho comum
na certeza sem medida.

eu sou, você em mim.
apenas canção, interminável amor.
soltam-se amarras!...

Incontroverso mergulho!

Meditava sobre a frase que li, dizia: "Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina)
Isso é o óbvio, mas como dar conta de aplicar esta "teoria", sim, porque somos doutores em pregar conceitos e filosofar.

Mas, por que se esquece deles quando se está na berlinda?
Hoje é um dia desses, estou na berlinda, querendo tomar uma decisão e sei que amanhã ou melhor daqui a pouco posso fazer tudo ao contrário... Na verdade o que faz travar são os medos: como o de perder, ou o de não dar certo. Justifica-se certas atitudes, principalmente quando diz respeito aos outros.

Dizemos que não iremos mais aceitar este ou aquele comportamento, ou atitude em relação a nós, mas somos surpreendidos com inseguranças, medos. Melhor será agir pensando somente em si, sim, porque quando se está centrado no espírito, toma-se posse da vontade, dos desejos, das emoções.
Sente-se o coração pulsar, se têm a sensação de peito invadido pela força que vem dele "do espírito" não se tem mais dúvidas.

Quando a invasão do outro é permitida na mente, passa-se a fugir de si mesmo, com a sensação de se estar acuado, justificando o retrocesso em função do outro. A covardia paralisa sentimentos e vontades, possibilita que as "justificativas" anestesiem decisões e que a opinião do outro prevaleça.

Inocenta-se quem enfraquece, invade, porque o outro age negando seus próprios sentimentos e fraquezas.
Parar de justificar a permissão da invasão emocional é o desafio, vencer os medos que enfraquecem, tomar posse das escolhas, arcar com elas, consciente de que tal atitude além de tudo dará força, resgata e reafirma a dignidade.
Entre o outro e o eu sem dúvida a defesa deve ser a favor de si, firme,
determinado e o outro que se expresse, mas que se assuma e cresça também. Sim, porque a atitude de defesa é manutenção do equiíbrio e educará a ambos...

Que vença o equilíbrio, a lucidez e que o coração pulse, vibre com cada emoção e seja capaz de sentir a leveza da vida, sim, sem culpa, sem achismos bestas que aprisionam!...
Que ninguém invada o outro a não ser de amor e alegria, de amizade, carinho, que a intransigência se afunde... Que a sensatez seja parceira vencendo a inconsequência!...

Afinal, tudo passa e "tudo dá certo", se houver atitudes e força, vá em frente sem desistir de você mesmo!
A fórmula está dentro de você, descubra, mergulhe fundo, não esqueça que o mergulho é profundo, portanto coloque muito ar nos pulmões... e flutue que ao final tudo se resolve, sorria!....

ponto zero

clausura interior
ponto zero da vida!
aquele que trava a experiência
armazena energia,
para ressurgir como fenix!

estou no ponto zero da vida
fim da catarse...
aguardando o momento da explosão
que venha a explosão.

muita purpurina!
quero pó colorido
daquele que tinge,
que mistura,
que camufla...
que mostra a cor...

somente a cor do olho de quem vê.
a cor que penetra na retina
e conta a história.
cada olhar com sua cor,
com sua emoção.
quero vida na risada
no despertar...

contorne o necessário

eterno viajante sem asas, alça voos
liberta algemas, solta a pluma na curva,
faz eixo com a vida, roda no encontro...
é sábio, eloquente... não desiste.
a melodia da música cortona a ansiedade
da distância nos olhos da inspiração.

sábia é a vida que traz sem levar.
sem tempo, sem espaço,
assim é a grande emoção, inesquecível.
contorna o viés, a lacuna
dá os passos necessários.

o tempo aproxima e afasta quando não compreendido.
abre a emoção, não foge!
dá não o primeiro passo, mas todos...
os necessários, os impossíveis, exercita a emoção.

afrouxe, deixe fluir, a emoção não é tua...
expanda, escolha-se.
vença o tempo, o grande amor não acaba.
se frágil, torna-se forte.

ame, ame, ame...
não queira resposta,
o sim está no meio, o não é uma afirmação!

feche os olhos e ouça a música
a melodia da vida...
Foste longe e voltas-te,
e, assim será!
quem foge tem que voltar...

apenas ame, ame, ame.

ânsia inquieta

quero o amor dos poetas,
do coração, do pensamento...
aquele que está por dentro do Ser,
que ouve, entende e nada cala...

é vida, esperança e vibra!
toca as entranhas do sentimento na alma..
segue seu curso de ser apenas sentimento e emoção.

sem interferência temporal do aqui e agora,
esquece a rotina do desajuste da hora.

pulsa no peito repleto da luz que apenas existe,
vibra... domina,
é sereno, é calmo,
é luz... inspiração.

o poeta vive na alma que morre,
o sonhador entende o poeta,
deixa-se dominar nada cobra,
apena sente...

sou poeta

amo as palavras quando bem dita, bem escritas...
pode-se fazer a guerra ou a paz,
o amor ou o desamor,
a alegria ou a tristeza,
a felicidade ou a desgraça...

quanta responsabilidade em mal usá-las...
perde-se tempo em construir a infelicidade através delas...
desculpe, se sou poeta,
penso quando me inspiro,
meu coração além do meu peito...
é capaz de explodir!

me entrego a sensibilidade,
sou feliz por isso...
que ninguém me entenda!...

mas que eu não me perca de mim mesma,
quero morrer agarrada em mim, na minha palavra...
Não me abandonarei, quero minha companhia,
e quem quizer me amar, que compartilhe comigo...

Abstração

sou como folha ao vento
que procura o nada no rosto
que outrora sorria.

busco com ânsia o vazio do verbo,
aquele que jurou nunca se despedir...
e mesmo na despedida não esqueceu de voltar,
sem perceber se dá novamente,
mas sem juras...

apenas promessas veladas,
perceptíveis somente na escrita,
nas palavras agora sem pressa.
no contato sem registro.
apenas existe independente do toque,
do arranhão no pensamento..
não há como fugir!

Teu enigma

Os únicos olhos capazes de sentirem tua alma são os teus...
A melhor referência de imagem é a tua própria,
A melhor emoção está no teu olhar,
O maior incentivador, você mesmo,
Teu melhor amigo você mesmo,
Você é único, intransferível e o teu maior enigma!

Conselho para uma amiga...

Mais uma etapa concluída, agora é momento de respirar fundo, sentir o teu coração, tomar conta de você.
Este é o processo, talvez um pouco de luto no início, pelos sonhos desfeitos..., mas, se não era o príncipe, arrega-se as mangas porque tem muitos sapos esperando por uma "linda Princesa", que descobrirá que dentro de algum deles, existe uma essência que poderá com o auxílio da Princesa descobrir um "sapo príncipe".
Afinal, a fantasia acabou, nada de príncipes, até porque, deve ser um saco conviver com alguém tão fantasioso...
Que venha um sapo lindo!...
Merecedor deste sorriso lindo, e de uma risada única, porque ela exterioriza a tua alma.
E o que parecer feiura (a do sapo), poderá ter na essência, caráter, dignidade, afeto, respeito, sensibilidade e amor para te fazer a MULHER, que existe dentro de você muito FELIZ, mas lembre, será um dia de cada vez!...
Assim deve ser...
Meu amor sempre, querida amiga,
e vamos nos reunir para tomar-mos o espumante da vida!...

Viva a liberdade!... e que venham todas as possibilidades que
a vida possa trazer.

ousadia no sentimento...

decifrar o enigma
na calada da noite,
coração aos saltos...
trêmula ansiedade trava pernas.

distância vence a taquicardia...
dois metros do trinco na porta.
flores no vestido
desejo nos olhos, o sorriso,
o clarão surge, devastador...

o furacão revira o velho,
desafoga soluços, a estagnação
expulsa o escárnio, o vulcão sela feridas...
É vida que surge no charco da emoção ...
corrente gruda ao presente calcifica certezas,
braços lacram o aconchego,

é interminável, como o rio que deságua no mar...
porque marca com o calor vermelho do sentimento.
sentimento, vem do sensorial
daquilo que transpõe o palpável
o pra sempre...

toque no trinco da porta!
figuras trêmulas... estáticas emocionadas,
lábios entreabertos,
palavras mudas, nó na garganta.
o olhar no turbilhão da espera.

o calor dos músculos,
a força nos ossos dos braços...
dedos, unhas arranham o calor da pele,
mãos entrelaçadas, nas costas.
vence voos de distância
de uma faceta nova.

ametista do desejo do calor da promessa,
daquele encontro, horas de ansiedade.
na cor negra da camiseta
as flores do vestido se misturam,
o pulsar do tempo da distância
molha o arrepio do frescor da noite.

púrpura negra

sereno é o verbo,
formosa é a púrpura na flor...
o vestido espera o moço,
enigma na calada da noite!

o toque suave na porta de madeira
coração aos saltos...
trêmula ansiedade nas pernas.
olhos no trinco... só ele abre a porta
desejo na flor do vestido,
figuras estáticas...
a emoção é viva!
lábios entreabertos,
palavras mudas,
taquicardia na garganta.

turbilhão no calor dos músculos.
força nos ossos dos braços...
dedos, unhas arranham a pele
mãos entrelaçam as costas...
vencem o voo da distância.

no imaginário da ametista
o calor da promessa,
longe, perto
camiseta negra,
flor vermelha no tecido,
pele se misturam,
arrepio ao frescor da noite.

o furacão revira o velho,
a estagnação,
desafoga soluços,
expulsa o escárnio.
vulcão sela feridas,
vida no charco da emoção,
corrente calcifica certezas,
abraço interminável lacra o aconchego,
o vermelho sacia o amor...

Solte o alfinete

ser diferente do igual,
não compactuar com o óbvio,
descortinar a fresta da janela,
ter coragem de enxergar o sol da noite.
onde os poetas revolucionam
trocam luas por tempestades,
encontros em desastre,
a mocinha foge com o bandido.
porque o príncipe era feio.
cega era a princesa,
não viu o coração de sangue...
preferiu a ilusão da miragem,
o vidro refletia, enganou-se...
o cristal estava quebrado, o vidro não.
perde-se por querer,
ganha-se perdendo,
o rumo, o destino, a oportunidade.
O beijo não roubado,
o abraço por debaixo das pernas
nos pé que doíam...
soluços entre sorrisos, mordidas de desespero.
aflição! paciência é tempo a teu favor...
troque tudo, misture a aquarela,
preserve as cores que te amam,
as infinitas, as sem respostas
essas são eternas, jamais alcançadas.
a estrada trará de volta
o que nunca partiu,
o alfinete de ponta redonda,
com brilho de ouro.
prenda o ar, o soluço, reclame,
peça de volta, não desista.
a princesa adormece, o príncipe volta
o castelo se desfaz.
o caminho é longo a volta incerta,
talvez desastrosa, mas feliz...

O broto da alfazema

rasgue, abra a carne
metafórica do desvario da ilusão,
desabroche a luz da verdade,
a coragem dilacerada... venha flor!

aquela que plantei no frio do fogo.
no meio onde pulsa a emoção.
na coragem fértil da terra,
molhada de alegria...

semente preparada, o universo está dentro
acoplado no desejo radiante do calor
do raio na nuvem sonhadora...
que se rasguem os enganos.
que viva o broto da alfazema,
da flor pequena, vibrante no lilás.
mãos que afagam os ouvidos de sons eternos...
mergulhe traga o que acovarda,
seja olhos no espelho da tua íris.

veja na retina o coração que pulsa
que não engana no raio azul do sol,
aquele que só a verdade enxerga...

que vibre o dominio do grito que
não deixa mentir, olhe,
antes que seja tarde!

O olhar no sorriso...

Encontros podem modificar rumos, alterar trajetos, definir rotas.
Especiais os inesperados, inexplicáveis...
Trazem emoções capazes de suplantar experiências levando a novas descobertas e aprendizados.
A emoção está no olhar, nos olhos descobertos, desnudos.
No coração o sorriso do olhar...
A palavra perde a memória do tempo que viria.
Palavras aproximaram contornando pelas bordas...
Sem tempo e pressa, apenas chegaram.
Perfuraram barreiras, decisões irreversíveis!
Prevaleceu a persistência do sorriso,
Mas, o olhar foi por detrás das palavras.
Não se mostrou, foi sutil, envolvente.
Se revelou, venceu barreiras,
Adentrou, alojou-se, e ali está...
É instigante,
gosta das beiras,
das bordas,
dos contornos,
das nuances.
Sábio nas curvas,
nas entrelinhas
certeiro nas intenções!

Abuse das cicatrizes

Diferença se mistura mas sem perder a individualidade,
O diferente é fugir do convencional!
Provocativo, displicente até, seja lá o que quizerem.
Porque o bom mesmo é ser do avesso.
Questionar regras, para provocá-las,
Mudar para melhor...
Estagnação não combina com alegria, prazer!
Rotina consome a criatividade.
Segui-la é sinal de amortecimento.
Viver amortecido, a palavra carrega em si o significado...
Sim! traz a MORTE em suas entranhas...
Morrer em vida! que perca de tempo...
Quando a finalidade da vida é ter cicatrizes!
Viver desafios, se lançar!
Qual outro sentido?...
Regras são comuns, observe olhe para o lado,
Perceba, alguém vive em estado de graça?
Sem antagônicos?
Seja por muito ou pouco,
O muito escraviza o pouco limita.
O desafio é sair do casuísmo, do deixar acontecer,
Sem automação, sem condicionamento...
Fazer diferente é não aceitar imposição.
O que está posto, pode ser mudado SIM!
Reagir, domando a vontade,
Direcionando o caminho.
Escolher o caminho e só o seguir se for florido,
Limpar mentalmente a estrada,
Arrancar pedras, obstáculos,
Manter o que não machuca os pés!
Se ouver curva, que seja para ensinar mobilidade!
Ventos serão bem vindo, mas, só a favor!
Do ponto de chegada.
E a chegada será digna, triunfal...
Lá estará o que a tua alma desejar.
De braços abertos.
Transforme os antagônicos a teu favor.
Toda mudança começa por dentro,
Ninguém muda ninguém e ninguém muda sozinho.
É nos encontros que se cresce!

Teias e Conexões

Como conectar-se com o Universo? Qual seu tamanho? Qual o ponto para esta conexão? Fala-se tanto em conectar-se com o Universo ou, o Universo conspira a meu favor, como entender este processo?

O desafio maior é o conhecer a si mesmo, entender a dinâmica da vida, porque para se entender é necessário o auto conhecimento que levará ao auto encontro.
Perceber que existe sim, uma inteligência superior que comanda todo este processo é fundamental.
Fala-se na lei da física da ação e reação e com certeza este princípio norteia esta conexão.
Como conceber que as coisas, as pessoas seriam criadas ou existiríam sem uma finalidade. Por que esta força Criadora investigada pela ciência, criaria sem uma função específica ou inútil?
Não seria perca de tempo, ou falta de inteligência?
Comece entendendo primeiro a você mesmo.
Você emana desta energia Criadora, é extensão, semelhança, parte, fragmento desta inteligência, está contido em tudo o que emanar Dela.
Centelha de energia, capaz de espargir na mesma intensidade deste Criador!
Tomar consciência disto é amadurecer, deixar de lado o automatismo, a mesmice, dos que andam pela vida como sonâmbulos condicionados.
Romper paradigmas, ir além, desafiar-se, não contentar-se com a pequenez dos que olham e não enxergam, dos que sentem e fingem, pensam que enganam, a não ser a si mesmos.
Experimente! Mude algo a cada dia, o que incomoda, que lhe faz criticar a vida, geralmente a dos outros, porque mudar e resolver a dos outros é fácil.
Dar a si o melhor, é revelador sim, porque mostra a capacidade de superação e de usar o discernimento em prol da vida, do crescimento, da elevação.
Criar novas teias interiores, conexões saudáveis, elevar os pulmões, enchendo-os não somente de ar, para relaxar, mas abastecer o
coração com oxigênio novo despertando atitudes construtivas.
Mexa-se, inquiete-se, questione, vá em busca, investigue o desconhecido!

Lúcida desefa

Atitudes desafiam,
Seguir pelas bordas, enfrentar revezes,
Mutilam por vezes, as pernas, as cabeças,
Amputam sentimentos.
Na raiz não tocam!
Cegueira deixa exposta a carne.
Unhas cravam, rasgam,
Sabem porque cortam,
Porque sangra!
Desafiam o sensorial, a percepção.
Acorda! O umbigo não é o mundo.
Umbigo é conexão.
Por ele se nutre,
Para tanto há que romper o cordão,
No tempo certo expulsando a vida.

Ousadia

A vida constroe laços e versos.
Quero teu olhar,
O sorriso dos seus lábios,
A certeza dos nossos desejos...
Descortinam os sentimentos,
Marcam no peito, nas palavras.
No abraço entrelaçado os corpos se reconhecem.
Na entrega, pulsamos em um só suspiro...
Das verdades, todas as certezas, as inimagináveis.
Inconcebível no antes.
Hoje nossa maior verdade!

O caminho está no espelho

O que é o caminho?
O caminho é mais que um sentido é uma escolha.
Meta é onde se quer chegar.
Caminho é a trajetória, é destino.
Se o percurso for ingrime será por escolha.
Sentido baseia-se na escolha, no momento,
Na emoção que direciona.
Busca tem haver com sentido, lacuna.
Com pequenos acertos e desacertos existenciais.
Se perde num segundo por descuido.
Descuido da emoção, do piscar de olhos desatentos,
Dominado pela lágrima que teima em cair.
Sim, porque lágrima tem que deixar rolar..
Seja pelo sorriso nos lábios, que inundam a alegria,
Pelo amor correspondido, ou por desafeto.
Sentimento partido, amor quebrado.
Chora-se até pelo leite derramado!
Pela decepção, por qualquer contrariedade.
Como se pode viver com tantas idas e vindas da emoção?
A meta é ser feliz, salvar sonhos, persegui-los custe o que custar.
Sentido, meta, caminho fundem-se!
Misturam-se, essa junção é a alquimia.
É transmutação, transcendência, aprendizado!
A vida deve ser poética, misturada, mesclada.
Descobrir o camaleão interno, dosar as escolhas,
Enfrentar e descobrir capacidades,
Revirar opções afrontar as incertezas.
Reinventar é ter coragem!
Contornar obstáculos, agrega, vá pelas bordas!
Não queira o que está no outro!
Construa a tua paz, edifique tua alma...
Partilhe o que está dentro, veja com os olhos de dentro!
É sensorial, tem poros, arrepios...
Use muita adrenalina até a endorfina te relaxar.
Mescle caminho e meta.
Ao final se veja no espelho, nos teus olhos!
Sempre há um olhar a ser compreendido!...
Refugie-se nele!

O voo tem asas.

Por que não consigo?
Autonomia de voo, amplia horizonte,
Faz ver além, projetar força, por vezes parece esvaicer.
Como alçar voos?
Força é o comando para se chegar além do imaginário.
Rompe com paradigmas, limites.
Deixa de ser igual, é diferente, é modelo e referência.
Há que se aventurar, experimentar, ferir-se por vezes,
Sangrar a aventura, marcar na carne.
Romper barreiras internas é não referenciar o medo dos iguais.
Ir além, deixa cicatrizes na capa externa dos desejos...
Nada pode deter a vontade de ir, enraize-se na certeza!
As cicatrizes doem, mas se o rumo é certo, curam.
A vontade cresce na consciência, conhece o mistério do desafio.
Superação é laboratório de experiências,
É química, é reação produzindo esforço.
É mistura de desejo, vontade, conhecimento, amor pela vida.
Horizonte é visão sem limite, é força na ousadia.
Repudie a força da alienação.
Que os músculos se estressem!
E que as asas da coragem encontrem na solidão sua força.
Os covardes que desanimem!
Prenda-se no DNA da coragem do espírito.
Alargue os sonhos, refrigere-se no desafio.
A ousadia traz aliado, parceria e sensação nova.
Perceba o amor, o cheiro da pele, o sabor do abraço!
Acabe com as diferenças entre maturidade e juventude,
Ousadia enriquece a vida, faz singular virar plural.
Rejeições tornam-se ânsias, alavancas.
Para voar é preciso entender, não fé!
Pode-se estar em qualquer lugar, afinal,
Onde estiver o pensamento lá se está!
Escolha onde quer chegar,
Estamos sempre partindo e chegando.
Diga: eu amo quem você é.
Voar é muito mais que bater asas!
Quebre as amarras do pensamento e quebrará as amarras do corpo.
O corpo é o próprio pensamento.
O caminho está nas asas, no movimento dos ossos,
na força dos músculos!
Sempre há a hora certa para aprender.

Vá e entregue-se!

Viva o agora sim!
Todos os sentimentos que a vida trouxer.
Esqueça os planos do futuro, que futuro nada!
O que chega é para ser vivido já!
Engessar sentimentos é negar aventuras,
É sepultar emoções a serem vividas.
É o frio abandono de si mesmo.
Abandonar o prazer é morrer em vida,
Viver é sentir na alma, no corpo...
Nas entranhas do desconhecido.
Se deixe levar...
Deixe a adrenalina mostrar o prazer.
Abandone o medo, vá se entregue!
Feche os olhos, que o ar te leve...
Mergulhe dentro da brecha, faça dela a passagem.
Permita-se...
Aborte os inimigos internos!
Resgate o que te faz perder o controle,
Focalize teus desejos,
Pense no gosto daquele beijo que você quer roubar,
No toque daquela pele...
Sentimento que machuca é ausência...
Se desejas o abraço, corra, lute não perca a oportunidade,
Vá atrás, declare-se primeiro a você mesmo.
Beije suas mãos, acalante seu coração,
Valorize suas emoções.
Olhe-se com o sentimento mais profundo que ouver dentro de teu espírito,
Aquele que só você tem e só você pode dar!
Expanda este sentimento, tenha a coragem de amar-se sem medida, esqueça as convenções, aceite apenas as regras, as que podem ser quebradas,
E estas são as que enternecem a vida, fazem completar os vazios existenciais e lacunas.
Expanda o campo energético, viaje pelo universo interior.
Sinta o fluxo de cada movimento, observe a harmonia e a beleza da engenharia desenvolvida em plena harmonia com o pulsar do Universo físico/energético.
Respeite seu fluxo, sinta a leveza, a magnitude da vida.
Integre-se ao amor, ao Universo, mergulhe...
Abra-se, perca suas formas, torne-se apenas um.
Sinta a grandeza da vida, observe o pulsar, a energia do amor.
Torne-se divino, assuma-se, o tempo esvaice...
Ame-se, não impeça ser amado!
Receba o abraço do teu amor!
Só existe um caminho... o do coração!

Se doeu, sorria!

A soma das cicatrizes, dos desafios, dos medos, das frustrações, dos desencantos do cotidiano, das aflições, do marasmo, da prisão, da covardia de assumir desejos, da insensatez em continuar assim.
Pare! Tome conta de todas as marcas, arranhões, esfolados, da unha quebrada, a do pé, aquela que doe quando se tropeça na calçada quando criança.
Doía muito..., mas a ânsia de brincar, de chegar mais rápido na disputa com o amigo é muito maior do que a dor. Ela que fique na calçada.
Amigo, aquele que faz despertar para o valor da amizade, este marca para sempre o andar de bicicleta, o jogo de futebol, subir na árvore e comer o fruto na hora, sem se preocupar em lavar, porque na infância nada faz mal, para o adulto faz!
A soma das frustrações é saudável para quem aprende a superá-las! As cicatrizes devem ser respeitadas, é o toque que a vida deixa, mostrando quem esteve ali, que doeu, mas, também que tudo passa, sempre passa...
Olhar para dentro é ver com sabedoria as experiências,
elas demarcam territórios internos, deixam alternativas, sugestões, despertam sentimentos, empurram, arrastam, é vida falando, mostrando!
Limitação é um termo que deixa de existir quando se decide amadurecer, surge uma força nova que vem de dentro e jorra para fora.
Feche os olhos entregue-se... entregue-se à vida, aproveite sua casa, curta o raio de sol que entra pela janela, qualquer janela.
Quanto a chuva, não reclame, lave-se nela, refrigere teu espírito, supere os bloqueios, as tranqueiras que incomodam.
Tenha coragem!
Recomeçar é fácil, Mas descobrir o caminho interior é um ato de profundo de amor.

Contraditório no abraço

Relacionamento gera conflito, aflora diferenças,
Seja da vida, na forma de ser do outro,
Do abraço vazio, do beijo roubado por amor,
Pela saudade não saciada, do amor não percebido.
Deixa na garganta o grito abafado, o sorriso negado.
No corpo o vazio do abraço, que nega o aconchego,
Do amor ardente realizado a distância, do preconceito desatinado.
Da espera alcançada e do afago sentido.
Do amor retido nas entranhas e que explode no pensamento.
No encontro feliz justificado pela outra vida.
Do pensamento que é capaz de amar cada detalhe não visto e nem sentido..
Na certeza da presença que pulsa no peito, junto ao coraçào.
A dor que sangra o desejo de matar a saudade.
No reencontro, do toque dos dedos de uma voz ao telefone.
Do olhar na imaginação acolhendo o que nunca foi, na certeza de que será.
A distância une sentimentos e corpos...
O sentimento de dentro é para sempre!
É ousado, desafiador, instigante.
Não sendo torna-se sólido, indissolúvel, atemporal.
E se tiver final será em si mesmo.
Rasga a alma pela intensidade.
A solidão da lágrima no rosto desafia a coragem de falar do que vai por dentro.
Falar da vida, do trivial da rotina.
Não precisa palavra ou promessa.
Está no ar nas ondas que unem desejos...
O abraço virá...