sábado, 25 de junho de 2011

ousadia no sentimento...

decifrar o enigma
na calada da noite,
coração aos saltos...
trêmula ansiedade trava pernas.

distância vence a taquicardia...
dois metros do trinco na porta.
flores no vestido
desejo nos olhos, o sorriso,
o clarão surge, devastador...

o furacão revira o velho,
desafoga soluços, a estagnação
expulsa o escárnio, o vulcão sela feridas...
É vida que surge no charco da emoção ...
corrente gruda ao presente calcifica certezas,
braços lacram o aconchego,

é interminável, como o rio que deságua no mar...
porque marca com o calor vermelho do sentimento.
sentimento, vem do sensorial
daquilo que transpõe o palpável
o pra sempre...

toque no trinco da porta!
figuras trêmulas... estáticas emocionadas,
lábios entreabertos,
palavras mudas, nó na garganta.
o olhar no turbilhão da espera.

o calor dos músculos,
a força nos ossos dos braços...
dedos, unhas arranham o calor da pele,
mãos entrelaçadas, nas costas.
vence voos de distância
de uma faceta nova.

ametista do desejo do calor da promessa,
daquele encontro, horas de ansiedade.
na cor negra da camiseta
as flores do vestido se misturam,
o pulsar do tempo da distância
molha o arrepio do frescor da noite.

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