quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Grau de humanidade

Pergunta que não quer calar. Em que grau você se encaixa? No da omissão, do que pensa que não tem nada haver com isso ou quem sabe do não é problema meu. Ando cansado (a)!
Mas, como entender e mensurar o nível de comprometimento com o outro se você nunca parou para pensar com seriedade no "que é ser realmente humano".
O que você tem feito para se aproximar o mínimo de você mesmo? Qual foi a última vez que você teve tempo e coragem para se olhar nos olhos.
Olhar nos olhos? Como fazer isso?
Cada vez que você estiver em frente ao espelho cuidando de sua aparência: sua roupa, ou quem sabe dos cabelos, da pele do rosto, qualquer detalhe.
Que bela oportunidade você tem perdido de se olhar bem nos olhos,
faça com calma e cuidado...
Assim deve ser, olhar no espelho buscar seus
olhos, penetrar sua alma. Sentir a presença companheira.
Aproveite, retorne, perceba sua companhia, caia na real!
Da concepção, do agora, sinta a presença, o calor, ouça o ritmo do coração, relaxe a respiração.
Ouça sua alma veja o quanto foi desafiada em suportar o "processo" de desenvolvimento no útero, meses de gestação, trabalho de parto, dores, sua mãe... Alegrias, tristezas, brincadeiras entre braços aconchegantes, cuidados e beijos, foram tantos e hoje sem notícias.
Mãos carinhosas, lábios doces na face, sorrisos e provocações para que a alegria aflora-se.
E por falar em alegria de viver por onde a sua? Mãos dadas com quem?
Com os amigos da escola, do jogo de futebol, das brincadeiras de meninas,
de bonecas, de mãezinha, de noiva. E o sonho de amor para sempre?
A viagem do olhar, das lembranças impossíveis de enumerar, estão aí sim, dentro de você na sua memória.
Como andam os seus valores, aqueles colocados etapa por etapa em sua vida? Ainda quer saber qual o seu grau de humanidade?
Perceba em seus olhos quantos olhares somam aos teus neste momento, porque os olhares trazem mãos, sentimentos, renúncia, gratidão, esperança, amor direcionado à você.
Ser humano é se ver no olhar do outro, do semelhante, mas esta percepção só se consegue olhando primeiro para dentro de si mesmo.
É bom encontrar-se, saudar suas ausências, substituir os abandonos, por carinho e "afeto" por você mesmo, ämar sem medida, sem pressa...`Sentir sua companhia, aconchegar seus desejos compartilhar da sua presença.
Identificar o semelhante, é tornando-se plural.
É estar em sua própria companhia, sem importar forma ou qualquer característica. O humano é o teu semelhante, igual na essência e nas incertezas, virtudes ou qualquer valor mensurável pela aparência ou adjetivo.
O humano pulsa na emoção e vibra no olhar.

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