quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O caminho pulsa.

A história começa com inquietação na alma, ora entendida como indisciplina e em algum momento pelo desejo de viver intensamente experiências, literalmente estar na vida, sem o comodismo de um beco ou de um marasmo qualquer.
Inquietação, a expressão que defini a vontade de ir além no espaço e no tempo.
Ousadia e coragem rompem limites!
O fantástico é perceber que viver é desafiar-se, é ser um buscador, com coragem para absorver a palavra: "é possível".
Este impulso de seguir em frente, brota do sentimento que pulsa e inflama o peito, sim, bem no meio do peito, transborda, tal a intensidade da energia que é gerada e culmina na única palavra que jamais faz desistir: "certeza".
Quando unem-se, vontade e certeza, produzem um dínamo propulsor e nada pode deter esta força, é ela quem sinaliza: "vai em frente, não se acomode, você é energia, haja, siga em frente".
Faça sua parte, gere sementes, escolha e prepare o solo, espalhe seus sonhos.
São seus! Pertencem a você, esqueça o que é lógico.

Quem transcende limitações já alcançou o possível!

A viagem é o caminho...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cheiro de bolo educa

As pedaladas vigorosas atrapalhavam as pernas, doíam tal a ansiedade. Encontrar a professora com o bolo cheiroso era o motivo da pressa.
A felicidade as uniam, a ânsia de aprender e o desejo de ensinar...
Que saudades da amada mestra, o afeto era sua principal formação, as letras o complemento. Ficou o gostar das letras, do banco da escola, do cheiro da merenda. Educadora como esta só quem traz o conhecimento no coração. Formação construída com alicerce nos laços da família, sim, porque cada um só dá o que conhece.
Para esta viagem, bagagem não vem pronta, é colocada uma a uma, com cuidado e zelo. O controle da qualidade vem da sequência de valores. O cheiro do bolo quando registrado com afeto solidifica aprendizagem para a vida.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sentidos

Se você ler, peço que ouça.
Se ouvir sinta, feche os olhos, respire...
Ah! o ar, que traz o som dos pés da caminhada.
Lembra do atalho, daquele caminho, dos pés na areia.
O mar, a espuma da onda, que toca suave a lágrima da saudade...
Aperta sufoca, o peito dói, mas não se perde.
O encontro na perca, a volta na lágrima.
O sorriso no toque do rosto,
Afaga, acende, ilumina, arrepia...
Enlaça, enrosca a mecha do cabelo.
Dedos, aperto na nuca.
Que o tempo se acabe.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Certeza

Sentir parece fácil,
Se fórmula existisse para tal.
Como doar-se sem a transcendência?
Sentimento puro pode regenerar.
Enaltece o deleite da vida, dignifica.
Aprendizado na entrega...
No acaso a certeza,
No olhar a chegada, dor nunca mais.
Partida? Nunca a despedida!
No soltar do abraço, unem-se.
Pulsa os corações,
No calor não há despedida.
Rompe o que de dentro nunca passa...
O tempo aumenta o que sempre foi,
No recostar pulsa o coração.
Na memória o lábio no peito amado...
Olhos fechados, lábios sorrindo.
Que importa a espera.
O encontro está na certeza do tempo!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Amordacem os pessimistas

Ajudem!...
Que se cale a boca da intolerância, equivocada de compreensão, porque rasga o verbo do desespero. Quer deter os desditosos referenciados pelo maior avatar que a humanidade conheceu "Mestre Jesus".
O que contradizer a Ele perdeu o rumo, ficou no "beco sem saída". Perdeu-se da alegria, do sentido reto do sentimento, esqueceu como se "agrega".
Os esperançosos não são os que esperam para sempre, mas os que sabem o que irão encontrar.
Que se cale a palavra desprovida de alicerce no próprio rumo.
O caminho é o rumo, por ele passa os sentimentos, o foco de tudo.
Que se cale o olhar perdido, que se veja o calor do abraço, e sinta o sorriso desabrochar.
E que a partida seja o encontro, ir e vir e sempre chegar.
Que se cale o insensato desprovido do destino do coração, do alvo da meta, da paz infinita.
Que viva todo o insano da regra comum, do faz de conta, do oba oba, e que se afunde no plantio da sua própria inconsequência.
Que a lama o acorde e o remeta para a lucidez dos que encontraram a paz e o caminho...

O que vibra no peito é a alma! O resto é acaso...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Possível na ausência

Tudo é possível quando se quer, frase comum, repetida porque não dizer desgastada. Tem nexo? Se o possível pertence a nós, mas, por que afirmar que é possível e condicionar a permissão a outra pessoa.
Que coisa! Depender do outro, condicionamento que endorfina, que faz disparar o coração ao saber da possibilidade do consentimento, da presença na imaginação da ausência.
Que dane-se a dependência! Se a certeza convencer na ausência, que seja feliz, sozinha, acompanhada com a ausência.
Que espere a presença voltar, pois, esta sabe-se que por mais longe que esteja, voltará.
A presença é certa, fiel, é aquela que quando volta retorna decidida, fortalecida pelas cicatrizes do trajeto que a trouxe ao encontro do seu porto seguro.
São afins nas diferenças, uma vai a outra fica e espera. Diferentes iguais, possíveis... sempre possível!